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Valéria Borges


Valéria Borges

Valéria Borges da Silveira é escritora, poetisa e produtora cultural. É formada em Administração com habilitação em Comércio Exterior (UNICEMP). Fez os cursos técnicos Prática e Técnica de Escritório (OPET) e Desenho Artístico e Publicitário (Instituto Monitor); e MBA em Gestão do Luxo (FGV e Institut Superieur Du Commerce de Paris). Também fez especializações em Direito e Gestão Empresarial; Gestão, Orientação e Supervisão Escolar; Gestão Cultural; Gestão de Eventos; Gestão de Projetos Turísticos; e Credenciamento em Jornalismo. É presidente da Associação Literária Lapeana e membra de várias entidades culturais. Diretora da empresa Santa Barbara Produções, coordenadora da UTIL e coordenadora de políticas públicas de gestão do livro, leitura e literatura da Biblioteca Publica do Paraná.

 

Alguns poemas da autora



PRESA


Agasalho-te com meus abraços,

Dançamos os mesmos passos,

Sonhamos os mesmos sonhos...

Esta paixão se tornou

Ardente e valiosa,

Abusou dos sonhos meus,

Alcançou o infinito,

Ao tocar os lábios teus...

Queria parar o tempo

E num raro momento

Ficar estacionada na sublime felicidade

Desfrutando do sentimento...

Vou fazer do teu corpo,

O meu eterno paraíso,

Não dominar meus impulsos,

E que nunca te deixar seja preciso...

Flutuo nas ondas do teu corpo,

Fico imersa no oceano do teu olhar

E, quando percebo estou presa,

Pronta para te amar.





ÁGUA


Como uma voz que em segredo

Reza em momentos de mágoa,

Sai gemendo um fio d'água

Do coração do rochedo.

O sangue branco das águas...,

A água correndo...

Parece a ladainha amargurada

De alguém que está sofrendo...

gua...

Sangue vivo no rio,

Como em artérias,

Estuante, e pelos córregos azuis,

Pelos veios

A fecundar o corpo vivo e esquivo da

Terra,

A tumultuar,

No leito das areias...

Estás presente

Nas vasas deletérias

Onde a vida se perde,

Na decomposição do brejo verde,

Nos riachos do Brasil...


Publicados em Tantos eus e em algumas antologias.





EU MULHER


Sou sincera e objetiva

Às vezes “dona de mim”, incisiva...

Mas nunca dona do mundo.

Serei sempre uma mulher de verdade

nem tanto Amélia nem tanto Elizabeth

Sempre entre sorrisos e tramas

Buscando ser cortês,

Um pouco impetuosa talvez...


Mulher terra, a própria primavera...

Que um lindo futuro espera

Que sonha ser conquistada.

Ficar com “a alma” massageada...

Ter a vida abençoada

Sempre respeitada

Com poesia nos lábios, no sorriso,

Nas letras, na caminhada...


Sou fera, sou anjo,

Sou mãe, sou filha, sou irmã, sou amiga.

Livre e comprometida,

Forte e frágil...

Sensível e atrevida...

Tenho sorte e sou ágil,

Sou cordial, quase sensata,

Nunca ingrata...


Acredito no amor

Sei pouco da vida

Por vezes morro de saudade

De uma fase imensurável, nem vivida...

Sou desdobrável.

Quase um poema, um sol...

Ou mulher lua, indomável,

De temores nua...


Publicado na antologia Associação Literária Lapeana.

 

Livros

Rastos (Expoente, 2000)

Tantos eus (Educon, 2007)

Reticências (Grafilapa, 2014)

Penso assim... (Sesc, 2019)

 

Coautoria

Lapa, tropas e tropeiros: caminhos da história (Educon, 2006/versão bilíngue, 2009)

Com Maria Ines Pierin Borges da Silveira

 

Saiba mais sobre Valéria Borges

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