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Mariana Coelho

Mariana Coelho (Distrito de Vila Real, Portugal, 10 de setembro de 1857 — Curitiba, 29 de novembro de 1954) foi educadora, escritora, ensaísta, jornalista, poeta e uma das pioneiras do feminismo no Brasil. Naturalizou-se brasileira, em 1939.

 

Nascida Mariana Teixeira Coelho, era filha do farmacêutico Manoel Antônio Ribeiro Coelho e de d. Maria do Carmo Teixeira Coelho, irmã dos literatos Professor Carlos Alberto Teixeira Coelho e do Capitão Thomaz Alberto Teixeira Coelho.

 

Imigrou para o Brasil em 1892, fixando-se em Curitiba, com sua mãe e irmãos, sendo acolhidos e recebidos por seu tio, o próspero comerciante José Natividade Teixeira de Meirelles.

 

Em 1902, fundou, em Curitiba, o Colégio Santos Dumont (1902-1917), onde lecionou e foi diretora por mais de quinze anos. A instituição foi premiada com Medalha de Ouro na Exposição Nacional Comemorativa do 1º Centenário da Abertura dos Portos do Brasil de 1908, no Rio de Janeiro, tendo sido visitada por Santos Dumont, em 1916, quando de passagem pelo Estado do Paraná.

 

Posteriormente, em Curitiba, foi diretora da Escola Profissional República Argentina.

 

Em 1902, participou da fundação da Loja Maçônica Filhas de Acácia n. 0767, em Curitiba, como oradora, ao lado da Baronesa do Serro Azul, viúva do Barão do Serro Azul. Na ocasião, pronunciou seu consagrado "Discurso".

 

Em 1908, publicou o "O Paraná Mental", com proêmio do imortal Rocha Pombo, obra que recebeu Medalha de Prata na Exposição Nacional Comemorativa do 1º Centenário da Abertura dos Portos do Brasil, em 1908.

 

Em 1911, participou do 3° Congresso de Geografia do Estado do Paraná: era a única mulher a figurar entre os representantes do Paraná. Proferiu, ao final, discurso muito aplaudido. 

 

Sua atuação como feminista já se revela no século XIX, sendo sua obra de maior destaque "A Evolução do Feminismo': um "trabalho que tem de ficar em nossa história literária", na opinião de Rocha Pombo.

 

Integrou a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, participando dos congressos feministas de 1922, 1933 e 1936.

 

Sua obra "A Evolução do Feminismo", de 1933, influenciou a criação do Centro Paranaense Feminino de Cultura, em Curitiba, do qual foi associada. Nesta instituição, proferiu palestra intitulada "Um Brado de Revolta contra a Morte Violenta", posteriormente publicada.

 

É patrona da cadeira n. 30 da Academia Paranaense de Poesia e da cadeira n. 28 da Academia Feminina de Letras do Paraná.

 

Foi membro do Instituto Neo-Pitagórico, fundado por Dario Vellozo.

 

Em estudo sobre o feminismo no Brasil, em especial no Paraná, Zahidé Muzart caracterizou Mariana Coelho como a "Beauvoir tupiniquim", referindo-se à francesa Simone de Beauvoir. 

 

Publicações de Mariana Coelho

 

  • Discurso, 1902.

  • O Paraná Mental, 1908. Obra com proêmio de Rocha Pombo. Reeditado pela Imprensa Oficial do Paraná em 2002.

  • A Evolução do Feminismo: subsídios para a sua história, 1933. Reeditado pela Imprensa Oficial do Paraná em 2002.

  • Um Brado de Revolta contra a Morte Violenta, 1935.

  • Linguagem, 1937.

  • Cambiantes: contos e fantasias, 1940.

  • Palestras Educativas, 1956. Obra póstuma publicada pelo Centro de Letras do Panará.

 

 

 

Referência: Associação Educacional Mariana Coelho

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